A creatina é um aminoácido que é sintetizado no corpo a partir de L-Arginina, L-Metionina e Glicina. Ele é armazenado principalmente no músculo e sua fonte alimentar mais importante é a carne, mas o corpo pode produzi-lo de forma limitada. Com a alimentação normal, o limite de armazenamento de creatina raramente (ou nunca) é atingido, por isso é difícil, se um suplemento não for usado, que sua capacidade de utilização seja totalmente realizada.

Quando começamos a suplementar com creatina, seu armazenamento no músculo aumenta até atingir os limites de saturação. Nesse momento surge o seguinte efeito: há volumização celular e a célula da fibra muscular aumenta sua incorporação e captação de água, proteínas e nutrientes energéticos.
Você tem que criar um Veículo de Hidratação de Creatina (HCV) para aumentar o torque muscular e em níveis muito altos aumentar a miólise.
Uma vez que a creatina atinge o músculo, ela é assimilada e aprisionada.

As principais barreiras que a creatina deve atravessar são os locais de absorção no intestino delgado e na membrana da célula muscular. A partir do início, a maximização da absorção no estômago é obtida colocando a creatina em solução aquosa. A creatina monohidratada tem baixa solubilidade em água à temperatura ambiente, aquecer o solvente a 40 graus Celsius aumenta a solubilidade e 5 gramas de creatina se dissolvem facilmente. Isso aumenta a absorção na parede intestinal (duodeno).

Relativamente à absorção na célula muscular, a ingestão de um hidrato de carbono com elevado índice glicémico tem demonstrado uma maior retenção da creatina na fase de carga, (é fácil conseguir isto através de um sumo de fruta, de preferência uva ou maçã). Caso contrário, uma solução de glicose a 5% pode ser preparada e usada.
A conversão de creatina em creatinina em solução de glicose leva aproximadamente 6 horas, por isso é aconselhável fazê-lo com antecedência.
Várias investigações determinaram que a maneira eficaz de tomar creatina é carregando com doses de 20 a 30 gramas por dia divididas em doses de 5 gramas.Esta fase de carga é usada por 5 a 12 dias em média.
A creatina tem como efeito imediato auxiliar a produção de energia nas mitocôndrias com maiores recursos energéticos para o “lançamento da fosfocreatina”, sendo este o efeito inicial mais notório de sua ingestão.
A creatina tem muitas aplicações, mas também limites e fatores que inibem sua função. Qualquer mecanismo e/ou substância que interrompa o processo pelo qual a creatina intramuscular produz um substrato energético em altas concentrações e interfira no metabolismo celular de absorção de nutrientes pode inibir seu uso bem-sucedido.
Foi demonstrado que a cafeína neutraliza essa ação ergogênica da creatina. Acredita-se que a cafeína iniba o papel crucial das moléculas parceiras no processo de transporte de creatina. Recomenda-se não usar chá ou café como solvente para creatina. Além disso, o fato de que o café é um diurético e qualquer diurético desarmaria efetivamente o Veículo de Hidratação da Creatina não é contestado. Substâncias semelhantes como o guaraná funcionam de maneira semelhante.

Desidratantes como o álcool também inibiriam o HCV

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